segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Keith Richards chama álbum dos Beatles de “lixo”

O guitarrista Keith Richards, dos Rolling Stones, fez duras críticas ao álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos Beatles, lançado em 1967 e considerado um dos melhores albuns de todos os tempos. Em uma entrevista à revista Squire, ele afirmou que “os Beatles eram ótimo quando eram os Beatles”, mas que no disco em discussão não havia muito deles na música. “Eu acho que eles se empolgaram. Se você faz parte dos Beatles nos anos 1960, você apenas se deixa levar. Algumas pessoas pensam que é um álbum genial, mas eu acho que é uma monte de lixo”, explicou o músico, que comparou o disco do quarteto de Liverpool com "Their Satanic Majesties Request", dos Stones.

Em outra parte da entrevista, o guitarrista falou sobre o baixista Bill Wyman, que deixou a banda em 1993. Ele teria se queixado sobre uma placa na estação de Dartford, onde Richards conheceu Mick Jagger. "Mick no outro dia veio até mim e disse, 'Você acredita nessa m*, cara? Bill Wyman está reclamando sobre a placa na estação de Dartford'", afirmou o guitarrista. "Eu disse, 'Uma placa? Pensei que tínhamos uma estátua.'" (A placa foi posteriormente retirada e será substituída por um tributo reformulado para a banda.)

Bill Wyman teria ficado ressentido com a ideia de que o guitarrista e Jagger foram considerados os fundadores dos Stones. "Bill não estava lá quando a banda foi formada", disse. "Ian Stewart formou a banda (e) nós gravitávamos em torno dele. Bill era peculiar, um filho da p* engraçado... Eu acho que Mick enviou uma carta falando sobre isso, porque Bill veio de uma cidade chamada Penge. 'Bill se há uma placa na estação de trem de Penge dizendo que você foi um membro fundador dos Roling Stones, você acha que nós reclamaríamos?' Mas Bill, nós amamos você, meu caro, e ele foi um baita baixista. Nós não dissemos para ele ir embora”.

Fonte: Correio do Povo

[Off] É Ferro na Boneca!, álbum de estreia do Novos Baianos, será reeditado após 45 anos

Disco voltará às lojas em LP de 180 gramas, como parte da coleção Clássicos em Vinil, da Polysom
O álbum de estreia do Novos Baianos será relançado pela Polysom, como parte da coleção Clássicos em Vinil. Lançado originalmente entre 1969 e 1970, o disco É Ferro na Boneca! volta às lojas em formato de vinil de 180 gramas.

Há 45 anos, quando saiu a primeira versão de É Ferro na Boneca!, o grupo ainda assinava sua obra como Novos Bahianos (com o “h” antes do “i”). O Novos Bahianos era formado apenas por Moraes Moreira, Baby Consuelo, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor, à época.

O primeiro disco da banda é resultado direto da parceria entre Moraes e Galvão, que assinaram todas as 13 canções do álbum – e cuja faixa-título chegou a tocar com relativo sucesso no rádio. O Novos Baianos lançou na mesma época os compactos Colégio de Aplicação (1969) e Volta Que o Mundo Dá (1970).

Nos 45 anos que se passaram da gravação do álbum, o Novos Baianos adquiriu status de um dos nomes mais importantes da história da música popular brasileira, após lançar o maior disco nacional em todos os tempos – Acabou Chorare, de 1972, segundo a Rolling Stone Brasil.

Fonte: Rolling Stone

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Morre, aos 94 anos, figurinista de "Os Reis do Ié-Ié-Ié" e "Help!"

Atriz Ursula Andress e a figurinista Julie Harris nos bastidores de "Casino Royale", de 1967
A figurinista Julie Harris, responsável pelas vestimentas dos filmes com os Beatles "Os Reis do Ié-Ié-Ié" (1964)  e "Help!" (1965), morreu neste sábado (30), aos 94 anos, em Londres.

Apesar de trabalhar em filmes britânicos desde 1947, ela ganhou fama na década de 1960 ao conseguir expressar a revolução das décadas pelas roupas.

Harris também trabalhou em "Live and Let Die" (1973), do James Bond, assim como em "Casino Royale", de 1967.

Sobre "A Hard Day's Night", ela disse: "Eu devo ser uma das poucas pessoas que podem afirmar terem visto John, Paul, George e Ringo nus".

No documentário sobre o filme, a figurisnista ainda contou que os Beatles não entendiam nada de continuidade. "Eles não entendiam por que não podiam entrar no guarda-roupa e dizer: 'vou usar isso hoje'. Se eles tinham usado um terno ontem, teriam que repetir a roupa hoje".

Fonte: Uol

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Brian Epstein, o homem que lançou os Beatles, ganha filme

Empresário e descobridor do quarteto de Liverpool terá sua vida retratada em longa produzido por Simon Cowell, jurado do reality show americano 'The X Factor'
Jurado do reality show de calouros The X Factor, Simon Cowell irá produzir um filme sobre a vida de Brian Epstein, chamado de "quinto beatle" por sua importância para a banda que descobriu e ajudou a projetar. The Fifth Beatle, o longa, é previsto para 2016.

A película é adaptação da história em quadrinhos que conta como Epstein descobriu os garotos de Liverpool no porão de um bar da cidade e os conduziu ao sucesso global. Vivek J. Tiwary, criador da graphic novel, é o responsável pelo roteiro adaptado, e assina a produção ao lado de Cowell.

Esptein viu os Beatles pela primeira vez em 1961 no Cavern Club. Então, foi atrás de gravadoras de Londres para o grupo, mas foi rejeitado durante seis meses. Após esse período, convenceu George Martin, diretor da EMI Parlophone, a contratá-los.

Em 1997, Paul McCartney disse que, se alguém tivesse que ser chamado de quinto beatle, "essa pessoa seria Brian". Em comunicado, Vivek J. Tiwary mostrou empolgação por contar uma história que ele considera pouco conhecida: "Estou muito animado para trazer a história não contada de Brian Epstein para os cinemas".

Fonte: Veja

domingo, 19 de abril de 2015

Paul McCartney e Ringo Starr sobem juntos ao palco no Rock And Roll Hall of Fame

Ex-baterista dos Beatles entrou para o Hall da Fama do Rock como artista solo, e ganhou homenagem em Cleveland, nos EUA. Miley Cyrus e Joan Jett também se apresentaram no evento
Paul McCartney e Ringo Starr fizeram a alegria dos fãs dos Beatles ao subir juntos ao palco da 30ª edição da cerimônia Rock And Roll Hall of Fame, em Cleveland, Ohio, nos Estados Unidos. O evento, realizado na noite de domingo (18), foi marcado pela inclusão de Ringo no Hall da Fama do Rock como artista solo.

O ex-Beatle já havia recebido o título em 1988, mas como membro da banda de Liverpool. Agora Ringo foi reconhecido pela carreira que seguiu após o fim do grupo, tendo lançado quase duas dezenas de discos. Os outros três antigos membros dos Beatles, John Lennon, George Harrison e Paul, já faziam parte do Hall da Fama com suas carreiras solo.

Ao ser homenageado, Ringo disse ser uma grande honra fazer agora parte desse time. "Eu dava uma entrevista quando eles me perguntaram: 'Por que demorou tanto?'. Respondi que não tem nada a ver comigo. Você precisa ser convidado a entrar. De qualquer forma, eu fui aparentemente convidado e agora estou adorando", declarou ele no palco do evento.

Outros artistas que ganharam homenagem na edição deste ano foram Lou Reed e Bill Withers, além da banda Green Day. Nos palcos, se apresentaram a cantora pop Miley Cyrus, com um modelito que deixava a barriguinha seca à mostra, ao lado da lendária Joan Jett.

Confira as boas-vindas de Paul McCartney pra Ringo Starr para o Rock And Roll Hall Of Fame como artista solo:

"Ringo Starr nasceu em Liverpool em uma idade muito precoce, e teve uma infância difícil. Realmente difícil, mas ele tinha uma bela mãe, Elsie, e uma lindo padrasto Harry. Ambos tinham grandes corações, pessoas boas, e adoravam música. Então, em algum momento durante essa difícil infância, Ringo ganhou uma bateria. Ringo tinha uma bateria! E foi isso. Agora ele era um baterista.

Mais tarde, ele se juntou a um grupo chamado Rory Storm and the Hurricanes. E vimos esses caras quando estávamos em Hamburgo. E Ringo era como um músico profissional. Estávamos apenas curtindo por lá e fazendo algumas coisas, mas ele tinha uma barba - que é profissional. Ele tinha um terno. Muito profissional. E ele sentou em um bar e começou a beber o uísque Bourbon. Nós nunca tínhamos visto alguém como ele. Era como um músico adulto.

De qualquer forma, fizemos amizade com ele, e ele costumava aparecer no final de noite, quando estávamos tocando, e ele pedia muitas músicas, por isso ficamos próximos. E uma noite, em seguida, nosso baterista Pete Best, não estava disponível, por isso, Ringo assumiu. E eu me lembro do momento. Quero dizer, Pete foi ótimo, e tivemos bons momentos com ele. Mas eu, John e George, que Deus abençoe eles, estávamos na linha de frente e agora atrás de nós tinha esse cara que nunca tínhamos tocado juntos antes, e eu me lembro do momento em que ele começou a tocar - Eu acho que foi Ray Charles, "What'd I Say" e a maioria dos bateristas não conseguiam tocar direito a parte da bateria. Foi um pouco difícil de fazer, mas Ringo acertou em cheio. Yeah - Ringo acertou em cheio! E eu me lembro do momento, ali de pé e olhando para John e, em seguida, olhando para George, e o olhar em nossos rostos era como, dane-se. O que é isto? E esse era o momento, que foi o início, realmente, dos Beatles.

De qualquer forma, depois começamos a esta grande jornada dos quatro rapazes de Liverpool. Tocamos em salões de festas e clubes em torno de Inglaterra, e tivemos um pouco de trabalho na Europa, e, em seguida, finalmente, viemos para a América. E lá estávamos nós, hospedados no mesmo quarto. Eu não era uma criança super-protegida, mas eu tinha meu pai e minha mãe criando eu e meu irmão.

Então, de repente, estava hospedado em um quarto de hotel com um homem estranho. Isso realmente nos uniu. Mas era uma coisa bonita, uma coisa maravilhosa. Finalmente, fomos ao The Ed Sullivan Show, e ficamos realmente famosos. Foi tão bonito.

Como todos os outros bateristas dizem, ele simplesmente é algo tão especial. Você vê essas outras bandas, eles estão olhando preocupados para o baterista, se ele vai acelerar, se vai diminuir o tempo. Com Ringo, você não tem que olhar e se preocupar.

É uma grande honra pra mim induzi-lo para o Rock and Roll Hall of Fame em Cleveland hoje à noite!"

Confira outras fotos da cerimônia:
A apresentação de Paul McCartney e Ringo Starr no Rock And Roll Hall Of Fame será exibido no Brasil no dia 31 de maio na HBO.

Fonte: Revista Quem e Paul McCartney Brasil

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Como John Lennon e Cynthia Powell se conheceram

Cynthia Powell começou a estudar na Liverpool College of Art em setembro de 1957. Ela acabara de completar 18 anos e estava feliz por, depois da morte de seu pai, ter a chance de estudar arte. Já no primeiro ano, Cynthia começou a namorar Barry, um antigo colega de escola. Barry era considerado o “Romeu” do bairro, de modo que Cynthia virou motivo de inveja entre as meninas que os conheciam. No final do primeiro ano, ela teve de escolher em que áreas se especializaria. Cyn optou pela área gráfica, mas também se inscreveu nas aulas de caligrafia, duas vezes por semana.
Cynthia e sua cunhada, em 1956
Cynthia começou o seu segundo ano de faculdade ainda mais eufórica e feliz. Sua aparência estava mais suave e delicada, – muito por ter dispensado os serviços de uma amiga cabelereira de sua mãe, que nunca fizera o que se pedia  -, comprou calças pretas de veludo e as trocou pela saia em tweed e passou a ficar o maior tempo possivel sem óculos, mesmo que para isso tivesse de descer em pontos de onibus errados ou não conseguir ler as notícias da faculdade.

Todos os lugares estavam ocupados para a primeira aula de caligrafia do ano quando entrou na sala um teddy boy com as mãos nos bolsos do casaco, andar preguiçoso e parecendo entediado. Ele se sentou em uma cadeira, atrás de Cynthia, que estava desocupada, deu um tapinha em suas costas, fez uma careta estranha e disse “Oi, eu sou John”. Cyn apresentou-se, enquanto o professor, que ja havia começado a aula, olhava com um olhar desaprovador. Cynthia já havia visto John na faculdade inúmeras vezes, mas nunca haviam se falado. Eram completamente diferentes. Enquanto Cyn não perdia aula e corria para casa quando ela terminava, John matava aula frequentemente para ir à pubs com os amigos.

John nunca levava nenhum material e, logo que as atividades da aula começaram, ele deu outro tapinha nas costas de Cyn para pedir um lápis e uma borracha emprestados. Depois dessa dia, frequentemente John se sentava atrás de Cynthia para pedir tudo que precisasse. Embora, na maior parte do tempo, John não fizesse nada além de brincadeiras, fazendo os outros rirem. Ele não havia optado por fazer caligrafia, mas fora obrigado depois que todos os outros professores se recusaram a admiti-lo. John dizia para quem quisesse ouvir que não queria estar alí, e fazia de tudo para atrapalhar: provocando os outros, fazendo comentários maldosos sobre o professor ou provocando gargalhadas generalizadas com seus desenhos engraçados. Cynthia nunca pensou em se aproximar de John. Para ela, ele não passava de mais um rapaz de aparência delinquente, calças apertadas e um velho casaco surrado que mal tirava do corpo. Ela estava apavorada com a idéia de virar mais uma vítima dos comentários francos de John. E isso não demorou para acontecer. Logo ele começou a chamá-la de “Senhorita Powell” e a zombar de suas roupas elegantes e do sotaque refinado.
Logo na primeira vez que John zombou de suas roupas, Cynthia saiu correndo da sala no final da aula. Estava com o rosto vermelho de raiva e desejando que ele desaparecesse. Mas, algumas semanas depois, ela começou a ficar ansiosa pelas aulas de caligrafia, já que era o único lugar em que se encontravam. Ela corria para as aulas procurando por John. O seu jeito desinteressado e o humor mordaz começaram a fasciná-la. Ele era agressivo, sarcástico e rebelde. Aparentava não ter medo de ninguém e podia rir de tudo e de todos.
O primeiro elo entre John e Cynthia foi criado em razão da miopia que compartilhavam. Logo estavam rindo do azar e dos erros que cometiam por não enxergarem direito e não demorou muito para passarem as aulas de caligrafia conversando. John costumava chegar à aula com um violão pendurado nas costas e disse à Cyn que estava em uma banda chamada The Quarrymen. Depois da aula ele ficava tocando canções de Chuck Berry, Bo Diddley ou Lonnie Donegan. Foi na música que Cynthia conseguiu ver um outro lado de John Lennnon: seu rosto ficava suave e perdia toda a expressão de cinismo.

Na metade do segundo ano escolar de Cynthia, ela percebeu que estava se apaixonando por John. Foi então que ela começou a se censurar. Não podia, de forma alguma, pensar na possibilidade de um teddy boy se interessar por ela. Entretanto, isso mudou num dia em que todos os outros haviam saído da sala de aula e ela estava juntando as suas coisas. John estava sentado a alguns metros com seu violão no colo. Ele começou a tocar “Ain’t She Sweet”, música que, anos mais tarde, seria regravada pelos Beatles.

“Oh, ain’t she nice?
  Well look her over once or twice.
  Yes I ask you very confidentially: 
  Ain’t she nice? 
  Just cast an eye 
  In her direction. 
  Oh me oh my, 
  Ain’t that perfection?”

A música nem havia chegando ao fim e Cynthia já estava vermelha. Deu uma desculpa qualquer e saiu correndo da sala. O olhar fixo de John em Cyn enquanto tocava a música parecia declarar tudo que ele sentia. Ela contou para Phyl, uma amiga em comum, o que tinha acontecido e Phyl tratou logo de dizer que ele não era o seu tipo e que não fosse tão estúpida em achar que poderiam ter alguma coisa. Phyl e John moravam perto e iam juntos para a faculdade no ônibus 72. Embora tivesse que lhe emprestar dinheiro para a passagem com frequência, ela gostava dele, mas achava que ele não tinha nada a ver com Cynthia. Além do mais, já estava de casamento marcado com Barry, mas os seus planos com ele ficavam cada vez mais para segundo plano. Cyn fazia de tudo para não ver Barry e sonhava acordada com John durante a semana inteira, esperando pelas aulas de caligrafia, que pareciam demorar cada vez mais.

As coisas começaram a mudar quando Cynthia viu John olhando para uma menina na hora do almoço. Ela estava com uma saia preta apertada e um longo cabelo loiro. Depois de assobiar, John comentou com um amigo “Ela parece muito a Brigitte Bardot”. No sábado seguinte, Cyn foi até o mercado e comprou a última tinta em tom loiro da Hiltone e pintou o cabelo. Na segunda feira, logo ao chegar no colégio, ela percebeu que o plano deu certo quando John comentou “Olhe só para você, Senhorita Hoylake”. Certa tarde, os alunos foram chamados ao auditório para uma discussão. John se sentou próximo de Cynthia, e ela teve certeza de que estava realmente apaixonada por ele quando, em um gesto puro de amizade, Helen Anderson – uma amiga em comum entre eles – se inclinou para a frente e passou a mão carinhosamenteem seus cabelos. Cyn sentiu um ciúme que nunca acontecera antes. Mas, embora fossem colegas de caligrafia e conversassem sempre durante a aula, passavam o tempo livre na faculdade com grupos diferentes de amigos e se ignoravam o tempo inteiro. Para Cynthia, John era completamente inalcançável.
As férias já estavam chegando e a turma estava agitada. Alguém decidiu sugerir que fizéssem uma festa na hora do almoço, antes de partirem. Um professor, Arthur Ballard, deu permissão para usarem a sua sala, com a condição de que pudesse ir também. Os alunos arranjaram um toca-discos e dividiram as despesas com as cervejas. Cynthia achava que John não iria à festa, mas estava ansiosa pelo recesso escolar e determinada a superar sua paixão por ele. No dia da festa, fazia muito calor e o sol invadia a sala. Os alunos empurraram as mesas e cadeiras para um lado, arrumaram as comidas e as bebidas e colocaram alguns discos para tocar. Cerca de quinze pessoas estavam na festa. Àquela altura, vários romances estavam aparecendo. Então, John entrou na sala. Cynthia sentiu seu rosto queimar e seu estômago contorcer, enquanto fingia que não tinha notado sua presença. Ele caminhou diretamente em sua direção e disse “Você quer se levantar?”. Cyn estava vermelha de vergonha, mas se levantou para dançarem juntos. Enquanto um disco de Chuck Berry tocava, John gritou “Você gostaria de sair comigo?”. Ela ficou tão nervosa com a inesperada proposta que disse “Desculpe, mas estou noiva de um rapaz em Hoylake”. Cynthia queria que o chão a engolisse quando disse isso, sabia que tinha soado arrogante. Então, John gritou “Porra, eu não pedi para você casar comigo, pedi?”. Ele virou as costas e saiu. Cyn ficou arrasada achando que tinha estragado tudo até que, duas horas depois, no fim da festa, John e seus amigos a convidaram para ir, junto com sua amiga Phyl, à um pub que os alunos constumavam frequentar. Ela tratou de convencer Phyl de que deveriam ir e seguiram para o Ye Cracke.
Cynthia e John ao lado do pub Ye Cracke
O Ye Cracke Pub estava cheio e mal conseguiam conversar em meio a algazarra. Cynthia e Phyl nunca tinham ido ao pub. Elas sempre iam para casa depois das aulas, como boas garotas que éram. Elas estavam fascinadas com a vida social estudantil: o barulho, as risadas, a atmosfera excitante. John estava em um canto com dois amigos e não fazia menção de se aproximar. Elas encontraram alguns amigos e estavam conversando, mas depois de alguns black velvets – a mistura de cerveja Guinness com sidra – Cynthia começou a ficar tonta e decidiu que era melhor pegar o trem para casa. Ela estava triste e desapontada por John não ter conversado com ela. Achava que ele a convidara para ir ao pub apenas por diversão. Porém, quando ela estava caminhando em direção à porta, ele a chamou, zombou dizendo que era uma freira e a pediu para ficar. Phyl disse que precisava ir embora e perguntou se Cyn iria junto. Ela sabia que Phyl não aprovava John, mas se ele quisesse que ela ficasse, ela ficaria. Cynthia sorriu, como se estivesse pedindo desculpas por ficar. Phyl deu de ombros e seguiu em direção à porta. Eles tomaram mais dois drinques e depois ele sussurrou “Vamos”. Quando saíram do pub, já havia escurecido e a rua estava calma e deserta, então John a beijou. Um beijo longo e apaixonado. Ele disse que seu amigo Stuart tinha um quarto para o qual poderiam ir. Ele apertou sua mão e a puxou estrada abaixo. Cyn estava tão feliz por saber que ele sentia a mesma coisa por ela e por estar com John que, naquele momento, teria ido para qualquer lugar que ele a levasse.
A casa de Stuart era um quarto amplo, sem cortinas, um colchão no chão e roupas, material de pintura, pacotes de cigarro vazios e livros espalhados por todos os lugares. Eles não podiam ter se importado menos com a bagunça. Foram para o colchão e fizeram sexo pela primeira vez, durante toda a hora seguinte. Cynthia viu aquela máscara de durão desaparecer enquanto estavam deitados entregues um ao outro. Quando terminaram, John disse “Caramba, Srta. Powell, isso foi uma coisa e tanto. Que história é essa de estar noiva, então?”. Cyn disse que seu romance havia terminado. John sorriu e confessou que a achava incrivelmente atraente e que a desejara desde o início do semestre. Então, John acrescentou “Aliás, chega de ‘Srta. Powell’. De agora em diante, você é Cyn”.
Cynthia, John e Julian, o único filho do casal
Eles voltaram bruscamente à realidade quando Cynthia percebeu que estava prestes a perder o último trem para casa. Se vestiram às pressas e correram juntos para a estação. Se despediram com um beijo rápido e Cyn entrou no vagão. Enquanto ela acenava da janela, John gritou: “O que você vai fazer amanhã, e no dia seguinte, e no outro dia?”. Ela não pensou duas vezes e gritou de volta: “Ficar com você!”.

Fonte: Beatlepedia

Paul McCartney evita escrever canções sobre sexo: "Gosto mais de fazer do que cantar"

Paul McCartney afirmou em entrevista à revista Q Magazine divulgada nesta terça-­feira que evita "escrever canções sobre sexo" e que "o banheiro é um dos lugares" onde encontra inspiração para compor.

"O mais importante na hora de compor é começar a escrever. Qualquer coisa, inclusive se a primeira frase não valer para nada. O segredo é começar. No entanto, o truque para acabar uma canção é estar sozinho. Eu gosto dos banheiros", disse McCartney, de 72 anos.

Ele, que acaba de colaborar com o rapper americano Kanye West na canção All Day, afirmou que prefere evitar escrever canções relacionadas com o sexo.
O sexo é algo que prefiro fazer, não gosto tanto de cantar sobre isso", respondeu McCartney ao ser questionado sobre a canção de 1972 Hi Hi Hi, que lançou com os Wings e foi proibida na BBC.
Hi Hi Hi foi feita em uma época na qual o que o povo fazia era sexo e usava drogas. Suponho que cantar sobre o sexo não é um dos meus estilos", acrescentou o de Liverpool.

"Quando estou zangado não encontro uma forma de passar essa raiva para uma canção. Pois com o sexo ocorre o mesmo", explicou.

McCartney revelou também que começou a acreditar nos signos e que atribui seu talento na hora de compor canções ao fato de ser de Gêmeos.
"Todos os Gêmeos têm duas caras. Se você escutar minhas canções, verá que também são apreciados dois estilos diferentes, Ebony and Ivory, Hello Goodbye. Nunca acreditei nisso, mas agora estou começando a pensar que talvez isso seja real", afirmou.

Fonte: Os Garotos de Liverpool