sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Beatles x Números - Dinheiro não pode comprar o amor, e números não podem limitar os Beatles.

De números, os fãs de Beatles estão cheios!

Basta uma pequena pesquisa por aí, e receberemos milhares deles. Números sem nenhum sentimento, totalmente genéricos, e decorados pela repetição incansável das mídias. Centenas de discos vendidos, dezenas de prêmios recebidos, uns infinitos de recordes quebrados e etc.

Mas para quem foi conquistado pelo carisma dos quatro rapazes de Liverpool, é bem mais do que algumas infinitas centenas de dezenas de milhares de números.

Nós, os fãs “new school” ainda gritamos e nos descabelamos por sentimentos que são constantemente julgados como “algumas décadas atrasados”.

E que atire a bala de goma, alguém que nunca foi obrigado a escutar coisas do tipo “estão todos mortos”. Está dita, então, a maior das asneiras! Pouco sabem os leigos, mas o “yeah, yeah, yeah” – que já foi classificado como uma “monotonia repetitiva” – não tem data de validade.

Este é justamente um dos maiores méritos dos Beatles. É inegável: O som deles não envelhece. A prova disso está aí, diante dos olhos de quem quer ver, em cada uma dessas bandas cover, que se dedica a passar adiante aquilo que o mundo recebeu em uma das melhores décadas já vividas.

E é por isso, que não podemos ceder à filosofia do século XXI, que nos impõe tantas futilidades irritantes.

Não são as camisetas caríssimas, nem os discos mais caros ainda, nem quantos seguidores você tem no seu fã clube! É a histeria incontrolável e irreprimível, que foi passada de pai para filho, e está no DNA de cada um de nós, fervendo ao som de twists and shouts.

O tempo se curvava para os Beatles, e agora, nós temos como dever, ensinar as próximas tantas gerações que isto é mais importante que qualquer número.

Por: Sarah Casil, nova colunista do blog.

Um comentário:

  1. Oi, Sarah! Brilhante estreia no blog! Como você sabe, sou da geração que viu e ouviu os Beatles juntos e depois em suas carreiras solo. Assim, só posso ficar feliz ao ver garotas de sua idade (15, se não me engano) escrever que tem como dever divulgar a grande obra beatlemaníaca pra sua geração e para as seguintes. Desde a separação do grupo, tenho visto grandes artistas surgirem, reconheço o talento de muitos ao longo do tempo, mas sempre digo que foram os Beatles que levaram o rock à categoria de obra de arte. Eles souberam captar a mensagem que surgiu nos anos 50, nos Estados Unidos e elevaram aquele novo som a um patamar jamais igualado. Se o rock sobreviveu muito bem, desde os tempos de Elvis, Chuck Berry, Roy Orbison, Jerry Lee Lewis e outras feras, isto se deve ao surgimento dos Beatles, que mostraram aos donos das gravadoras que eles estavam errados e os grupos de guitarras não estavam "com os dias contados", como diziam os executivos do início dos anos 60.
    Sim, você e outras brilhantes cronistas de uma época que nunca acabou devem levar essa mensagem adiante. Respeitemos os grandes astros da música popular, mas é preciso mostrar às novas gerações que, sem os Beatles, o rock talvez morresse mesmo no início dos anos 60, como previam os empresários musicais da época. Felizmente, isso não aconteceu!

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